Orçamento de Manutenção de Veículos | Orçamento com custo

Boa tarde, pessoal. Tudo bem?

Temos uma situação que sempre acaba ocorrendo e sofremos par solucionar.

Os orçamentos para manutenção de veículos, bem como outros tipos de manutenções, possuem custo.
Este custo é o valor para a empresa verificar o que precisa de manutenção.
Em alguns casos o valor é abatido se o serviço for realizado com esta mesma empresa.

Minha pregunta é:
Como vocês fazem a respeito?
Nós temos um contrato de cartão convênio (tipo ticket, neo, etc), e mesmo assim devemos fazer o orçamento em três lugares para ver o mais vantajoso.

Alguma sugestão???

Obrigado

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@ArthurAAFerreira!

Se a cobrança pelo orçamento está prevista no contrato, é devido o pagamento sim. E se fizer o serviço em outra oficina for resultar no pagamento do orçamento, tem que contabilizar isso antes de comparar os preços.

Se quem fez o orçamento ofertar abatimento do valor, o preço dele deve refletir isso.

Ou seja, para quem fez o orçamento, o preço será com abatimento e para quem não fez o orçamento, o preço deve ser acrescido do custo do orçamento, que neste caso o órgão terá que pagar. Só assim será possível de fato escolher o melhor preço dentre os ofertados pelos credenciados.

Exemplo hipotético:
Preço do orçamento: R$ 200,00
Cotação da empresa 1 (a que fez o orçamento): R$ 1.200,00 abatendo-se o preço do orçamento
Cotação da empresa 2: R$ 1.300,00 + R$ 200,00 do orçamento = R$ 1.500,00
Cotação da empresa 3: R$ 1.100,00 + R$ 200,00 do orçamento = R$ 1.300,00
Menor preço: empresa 1, por R$ 1.200,00.

Mas como essas cotações são sempre feitas dentro do sistema, é necessário periodicamente auditar e conferir se os credenciados estão de fato cobrando o preço normal de mercado. Não é pelo simples fato de ter três cotações de credenciados que você vai comprovar que está pagando o preço real de mercado.

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Obrigado Ronaldo.

Pelo observado no exemplo, a empresa que realiza o orçamento tem uma leve vantagem, correto?
O ideal então seria pesquisar qual lugar o custo do orçamento é mais vantajoso, certo?

Sobre o contrato, não temos um contrato de manutenção com uma empresa, mas um contrato de intermediação desses serviços e não consta a previsão e nem a proibição de custear os orçamentos, apenas a exigência de 3 orçamentos em oficinas credenciadas à empresa intermediadora.

Outro ponto complicado é que as empresas que não fizeram o orçamento podem querer fazer o orçamento (e cobrar por ele) antes de, de fato, fornecerem o orçamento do serviço final.
Outro ponto ainda é que os orçamentos finais das empresas podem ser diferentes umas das outras, por exemplo, uma pode informar que necessita trocar tal coisa e a outra não. Como lidar com isso?

Nós estamos orçando o serviço em uma empresa, pagando este orçamento (feito normalmente onde tem disponibilidade e “confiamos”), informando para as demais empresas o que necessitamos (com base no orçamento da primeira), e como o valor fica menor na primeira (devido ao abatimento), fazemos nela. Mas nos preocupamos em estar errado desta forma, será que está?
E nos preocupamos em o preço de uma segunda empresa ser menor que o da primeira e ocorrer os riscos mencionados acima (dizer que precisa de outra coisa que não foi orçado e que poderia mudar a decisão da escolha da empresa; ou a empresa não aceitar fazer o serviço sem o orçamento prévio, etc).
É uma preocupação sem fundamento?

Bem lembrado.

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uma idéia aqui: parar de chamar o “orçamento” de orçamento e começar a chamá-lo de diagnóstico, dai paga homem-hora pra oficina que fizer o orçamento (as vezes o diagnóstico é mais honeroso que o reparo em si, o meme de “estudar muito pra apertar o parafuso certo”), pega esse orçamento e cota em outros prestadores a execução do serviço.

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@ArthurAAFerreira!

O simples fato de vocês não conseguirem definir o que é necessário fazer em cada carro já é preocupante, pois ficam reféns da oficina. Não tem como continuar assim. Vocês precisam ter algum com conhecimento técnico suficiente para aferir se o “diagnóstico” está corretou ou se estão empurrando coisas que não precisavam.

Se não têm alguém do quadro do próprio órgão, contrate algum especialista, mas não tem como tocar um contrato assim, sem ter a menor noção se o diagnóstico está correto ou não.

perfeito, é minha opnião, a empresa deve cobrar e se responsabilizar pelo diagnóstico, a compra da solução que o diagnóstico mostrou, é que deve ser feita pesquisa, e essa não tem custo.

Para manutenção de veículos a analogia com a medicina quase sempre é eficaz, o paciente não sabe o que tem, muito menos como curar sua dor, precisa que o médico, diagnostique e trate. Deve se estabelecer nos contratos, diferenciação de manutenção preventivas e corretivas, a periodicidade delas, bem como o ítem diagnóstico, para que o fornecedor seja responsável por embasar a intervenção recomendada, com base em dados técnicos. Como o professor disse, para o médico tratar, é preciso que alguém diga a ele quais os sintomas. Um especialista na área, ou um prestador de serviços de Gestão de Frotas ajudaria.

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No meu ente enfrentamos o mesmo problema. Também realizamos a manutenção preventiva e corretiva da frota por quarteirização (por intermediária com rede credenciada).

É óbvio que para situações mais simples os próprios servidores consigam identificar o problema e planejar a solução (troca do filtro de óleo, substituição da bateria etc). Nesse caso, bastaria a inclusão da demanda (peças + mão de obra) no sistema da contratada.

Agora, também é evidente que existem problemas que só podem ser identificados por especialistas. Todo mundo que tem carro sabe disso… Nessas situações, fica sempre a dúvida do Gestor de Frotas: o que devo lançar no sistema?

No nosso caso, infelizmente não incluímos na contratação esse serviço de “diagnóstico”, que alguns colegas mencionaram.

Começamos a proceder assim.

Ajudaram bastante as respostas. Começamos a tratar como diaginóstico para entender o que foi feito no processo de uma forma mais clara.
Algumas empresas não aceitam emitir valor com diagnósticos realizados por outras empresas, não temos ideia ainda de como proceder se esta recusa virar um problema que impossibilite prestadores.
E ainda existe o risco de que se uma outra empresa (diferente da que deu o diagnóstico) afirme que tem que fazer mais coisas do que o diagnóstico em si. Pois pode ser de fato realidade como não. Também não pensamos em como proceder nesses casos.
Obrigado pela ajuda, deu pra entender como alguns fazer e que é, de fato, possível o pagamento de um diagnóstico.

Boa noite , nesse ponto fica uma dúvida. Como se dá a auditoria para ver se os estabelecimentos estão cobrando preços de mercado se as empresas de gerenciamento cobram uma taxa por ordem de serviço realizada no sistema ? Utilizemos o caso concreto de uma compra de uma bateria. No sistema , o preço de uma bateria que ter o preço de mercado de R$ 500,00 , e a empresa gerenciadora cobrar 10% de taxa administrativa , ocorrer que o estabelecimento cobrará R$510,000 . A empresa não conseguiria manter o preço de mercado .

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José Rodrigues,

Nas quarteirizações, a Administração precisa zelar com ânimo redobrado para a garantia da economicidade durante a execução do contrato.

Nesse sentido, creio que a “auditoria” que o colega Ronaldo Correa comentou pode ser compreendida de duas formas

  1. Auditoria contínua

Os documentos da fase interna (ETP e TR), bem como o Edital e o Contrato, devem estipular parâmetros para evitar o sobrepreço.

É comum, por exemplo, as previsões de que os valores dos insumos (peças) deverão respeitar como teto máximo (i) tabelas das montadoras/concessionárias, especialmente para as peças genuínas; (ii) tabelas de referência, como Audatex ou Cilia.

Já para a mão de obra (lembre-se que, no final das contas, é um serviço prestado pelas oficinas mecânicas), existem as tabelas de “valor homem-hora”, as quais também podem e devem ser previstas nas peças do processo de contratação.

Essa auditoria contínua pode ser feita pelo Fiscal do Contrato, juntamente com o Gestor de Frotas do ente público.

  1. Auditoria eventual

Nada obsta que além da auditoria contínua, exista também uma auditoria eventual.

Penso ser importante para conferir que os preços disponibilizados pelos parâmetros escolhidos correspondam com os reais preços de mercado. Por exemplo, poderia haver, em tese, um descompasso entre a tabela Audatex e os valores cobrados para as peças na sua região.

Na prática, seria como um novo estudo de mercado, uma nova pesquisa de preços. Algo do gênero.

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