Nomeações de Planejamento x Responsabilidades Setoriais

Colegas,
Recentemente tivemos uma discussão a respeito da comissão de planejamento.
Ela está formalmente nomeada. Seus membros são efetivos da Divisão que cuida de Aquisições.
Um dos colegas propôs separar os servidores da comissão para que atuem juntos em uma sala exclusiva. Ficou subtendido que só trabalhariam em planejamento.
Mas surgiu a dúvida, como ficam as responsabilidades setoriais?
Uma comissão de planejamento pode ser separada de suas outars obrigações setoriais?

Desde já agradeço qualquer contribuição.

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Resposta totalmente baseada em opinião:

Não vejo com bons olhos essa segregação… O que tenho visto em várias fontes já lidas, é a recomendação de que a Equipe de Planejamento seja composta por servidores que tenham afinidade com o objeto da demanda.

Ou seja: a Comissão de Planejamento seria integrada por aqueles que tem mais intimidade com a demanda. No seu caso, com o isolamento dos membros dos demais setores do órgão, essa proximidade com o objeto fica prejudicada… Não sei até que ponto essa configuração pode ser positiva/negativa.

Certamente se alcançariam níveis elevados de padronização documental e processual (eficiência). Mas até que ponto a demanda estaria efetivamente sendo atendida (eficácia/efetividade).

Creio que a chave está no equilíbrio!!
:brazil:

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Foi exatamente o meu diagnóstico.
Talvez eu possa argumentar algo, se a administração estiver disposta a ouvir.

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Telma, designar uma equipe de planejamento permanente não é novidade, mas com alguma peculiaridades…

Tal equipe permanente é normelmente formada por membros que atuam como uma espécie de 4to membro da equipe de planejamento prevista na legislação.

Os membros desse time não atuam em conjunto na mesma contratação (a não ser como substituto um do outro), mas podem eventualmente, dependendo da sua especialização, substituir outro membro da equipe de planejamento de uma contratação específica, em contratações menos complexas.

A equipe vira uma espécie de escritório de projetos, e seus membros são os gerentes de projetos das contratações, que fazem a integração/mediação junto aos outros 3 membros, os quais falam “idiomas” diferentes e sem intermediação isso vira um grande problema.

As vantagens naturalmente são:

Uma maior especialização no processo e nos artefatos (este membro acaba sendo um facilitador para os outros) e

A desoneração das equipes operacionais de boa parte do trabalhos de confecção dos artefatos, uma vez que estes precisam dividir a contratação com as outras coisas do dia a dia e aqueles podem ficar focados.

Resumindo, o “facilitador” coleta, traduz, harmoniza e consolida todos os requisitos e restrições da contratação emanado pela membros originais da equipe de planejamento.

Outro fator comum, é que, em contrapartida, membros dessa equipe permanente não podem ser designados como fiscais, de modo a continuarem focados no planejamento.

Tal arranjo pode ser encontrato mais facilmente nas contratações de TIC.

Provavelmente não é o seu caso, mas aproveitei o ensejo para registrar esse arranjo que tem se mostrado bastante efetivo.

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Acredito que a proposta seja algo próximo disso.

Contudo, ainda existem as responsabilidades setoriais.
Se há uma comissão de planejamento como os servidores devem atuar diante de suas atividades diárias?

Esse é meu ponto principal. Pois, se o gestor quer promover a especialização deverá retirar servidores de suas atuações diárias.

Ou será que estou errada?

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Nós servidores pensamos muito em termos de “OU”, quando deveríamos pensar em termos de “E”.

A organização pode compor uma comissão, quem sabe até um SETOR de planejamento, permanente e designar, para cada licitação, apoio técnico das áreas setoriais, constituindo uma comissão mista.

Eu sou contra uma comissão imóvel, mas o arranjo de toda hora tirar os servidores setoriais da operação para tocar licitação, também é ineficiente.

O modelo proposto é híbrido e já existe em alguns órgãos de elevada maturidade. Uma dica é fazer Benchmark para complementar a interpretação da norma.

Por fim, o arranjo escolhido também vai depender do porte da organização.

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