Caros colegas,
Gostaria de saber mais sobre as experiências e estratégias de vocês para obterem maior sucesso em negociação de itens, especificamente quando, após a fase de lances, verifica-se que os valores ofertados por todas colocadas (ou mais frequentemente, a única empresa participante) estão acima do máximo permitido no Edital.
Os principais questionamentos seriam em torno das seguintes estratégias. Elas alcançam algum sucesso nos seus órgãos? :
- Se, após a primeira solicitação de negociação feita em chat, a empresa se negar a reduzir, costuma ser efetivo, para alcançar a redução ao máximo permitido/estimado ou menor valor, solicitar pela segunda, terceira, quarta vez, alegando a necessidade do órgão e a situação de desabastecimento?
- Se, após a primeira solicitação feita em chat, a empresa se negar a reduzir, costuma ser efetivo, para alcançar a redução ao máximo permitido/estimado ou menor valor, reagendar a negociação para outro dia, ou seja, dar um tempo a mais para a empresa se reunir com sua diretoria, mesmo que ela não tenha pedido este tempo?
- Se, após a primeira solicitação feita em chat, a empresa se negar a reduzir, costuma ser efetivo, na busca por redução ao máximo permitido/estimado ou menor valor, confrontá-la apresentando, no chat, os preços públicos encontrados na pesquisa de preços (daquela empresa ou de outra empresa)?
- Alguma outra estratégia adotada por sua equipe de pregoeiros (e/ou CPL) alcança bons resultados na busca da redução ao máximo permitido/estimado?
- As estratégias de negociação no seu órgão levam em consideração algum tipo de gestão de riscos (ações diferentes para objetos diferentes - mais valorosos ou mais críticos)?
- Existem cursos especializados sobre o tema? E algum material sobre a contraproposta de que trata o art. 38 do D. 10024?
Com pouco tempo de atividade, tenho experienciado que a contraproposta de que trata o artigo 38 do Decreto 10.024 tem sido muito mais efetiva para a redução de preços nos casos de itens que na fase de lances já alcançaram o valor máximo/estimado ou menor que este. Ou seja, dificilmente as empresas mudam de ideia depois de já terem dados sinais de que não conseguem alcançar o estimado/máximo permitido no edital. E na experiencia de vocês?
Ocorre que um estudo simples no meu órgão permitiria verificar que os problemas de fracasso (o vulgo fracasso por preço) têm pouco ou nada a ver com as estratégias de negociação adotadas, mas sim com a ausência de estudos técnicos preliminares, sobretudo os focados em estudar o mercado específico para o objeto. Todavia, a alta gestão insiste que mudanças devem ser adotadas na negociação. Eles só não sabem dizer quais mudanças são essas e querem que nós da CPL descubramos.