Atualmente trabalho como Coordenador de Compras e Licitações no CIDENNF, um consórcio público composto por 12 municípios do norte e noroeste fluminense (RJ).
No momento estamos enfrentando um desafio para desenvolver uma licitação, a princípio uma concorrência pública no sistema de registro de preços, para eventual contratação de empresa especializada na prestação de serviços para elaboração de projetos de engenharia para obras novas e reformas (projetos de infraestrutura, hidráulico, elétricos, orçamentária, etc).
Percebemos que esta é uma demanda comum a todos os municípios consorciados, que vem ocasionando diversos problemas na execução das obras públicas, como excessos de aditivos, paralisação de obras para ratificação do projetos, enfim, problemas sem fim, rs.
A ideia inicial é que os municípios tenham maior facilidade e assertividade* nos projetos básicos, executivos e também projetos de arquitetura, no mesmo molde da licitação realizada pelo Ministério Público do Pará Concorrência 002-2012 MP/PA (Licitações)
Estudando o tema me deparei com o artigo 19, §3° da 14.133 que versa sobre integração dos projetos através da metodologia BIM (ainda que de forma gradual) sempre que compatível com o objeto, o que me trouxe maior complexidade.
Ainda estamos buscando a melhor solução para o caso e tudo ainda se encontra no campo das ideias, sendo este o motivo que compartilho o caso com os senhores em busca possíveis experiências e opiniões.
Há muito tempo frequento o grupo e manifesto aqui minha gratidão por todo aprendizado que aqui encontrei.
registro de preço não combina com elaboração de projetos, se for pra ajudar os municípios a serem mais assertivos nas contratações melhor seria disponibilizar bons modelos de documentos, um bom fluxograma do processo todo e treinar pessoal pra fiscalizar a elaboração dos projetos e execução.
(imagino que vc não seja do ramo da constrção) o bim, é a modelagem virtual da edificação com suas informações, hoje o máximo que vai conseguir é tirar boas imagens renderizadas, verificar eventuais incompatibilidades entre as disciplinas dos projetos (arquitetura x estrutura x elétrica x hidrossanitário x etc x etc) e obter listas de quantidades de serviços, no futuro provavelmente poderemos fazer simulações de consumo de energia, avanço físico do projeto, etc, etc. Um exemplo mais próximo seria o equivalente a exigir que entreguem planilhas em formato excel ao invês de no word ou papel, o que facilitaria muito auditá-las, mas pra quem não conhece planilhas ou não usa excel não faz a menor diferença entregar em papel ou excel.
Pra não se enrolar nesse item BIM, sugiro no edital exigir a entrega em formato digital aberto (o OpenIFC) e compatível com algum software que a organização tenha (se não tiver nenhum, pra visualizar/editar tem o Blender Bim e o FreeCAD, que são abertos). Se deixar em aberto vão entregar em formato proprietário (na maioria dos casos em formato RVT do lider de mercado: o Revit da Autodesk)
Muito obrigado pelas informações. Realmente não sou do ramo da engenharia. Pouco sei, mas estou me aprofundando no tema.
A ideia é justamente buscar junto aos colegas possíveis soluções para o caso baseado em suas vivências.
Assino embaixo do exposto pelo colega @elder.teixeira.
Sugestão adicional: na ausência de profissionais de Engenharia ou Arquitetura nestes municípios, que possam fiscalizar estes contratos de obras e serviços de engenharia, é bastante importante contratar subsídio destes profissionais para a fiscalização destes contratos.
Samy, a documentação referente a esta licitação está disponível para consulta neste endereço: Portal de Solicitações
Esta concorrência teve por objeto o apoio técnico na área de engenharia e arquitetura para elaboração de projetos. Há um outro contrato que trata de contratação de empresa para apoio na fiscalização.