Dalcira,
As unidades de medida mais comuns são quilograma e metros cúbicos. Se você encontrar alguma contratação similar usando como medida, por exemplo, “Unidade”, certamente estará usando um código de material inadequado.
O botijão P-13, descontado o casco, deve ter 13 quilos de GLP, então a quantidade em quilogramas deverá ser um múltipla de treze. Por exemplo: 156 quilos de GLP são 12 botijões (156 / 13 = 12), cada um custa, digamos, R$ 71,00, então o preço do quilo ficaria 71 * 12 / 156 = R$ 5,46. Segundo o site da Ultragaz, a densidade média do GLP é 2,50 kg/m³. Então, um botijão P-13 contém 5,2 metros cúbicos (13kg / 2,5kg/m³ = 5,2 m³). A quantidade nesse caso será múltipla de 5,2, por exemplo, os mesmos 12 botijões contém, em média, 62,4 m³, considerando o mesmo custo de R$ 71,00, temos que cada m³ custará 71 * 12 / 62,4 = R$ 13,65.
Independente de qual unidade seja utilizada, é importante deixar claro no termo de referência todos os cálculos realizados para chegar na quantidade total estimada para a contratação. Isso irá evitar dúvidas na hora de cotar preços, assim como na de elaborar as propostas. Já vi casos em que o órgão defini a unidade de medida como “Quilograma”, mas informa a quantidade de botijões a serem adquiridos ao longo do contrato, o que pode levar a uma diferença considerável.
O exército, na Paraíba, por meio do Pregão: 92020 (Uasg:160174), adquiriu 24.000 m³ por um custo unitário de R$ 3,78, um valor bem descontado devido ao volume da compra. Isso é o equivalente a aprox. 4.615 botijões P-13 (24.000 / 5,2) a um custo de aprox. R$ 20,00 cada um (24.000 * 3,78 / 4.615 = R$ 19,66). No DF, por meio do Pregão: 92020 (UASG:160065), foram 255.462 m³ a um custo unitário de R$ 2,81, proporcionando um desconto ainda maior (255.462.* 2,81 / 49.127 = R$ 14,61).