Liderança psicopata

Vídeo de especialista em compliance falando sobre liderança com características de psicopatia em seus comportamentos observáveis:

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Sei não. O cara falou, falou e não respondeu à pergunta: como lidar com líderes psicopatas. Até onde sei, psicopatia não é algo fácil de diagnosticar. Além disso, todos temos um certo grau de psicopatia, assim como de autismo. Pode até parecer contraditório, mas o diagnóstico de uma coisa ou outra depende exatamente desses traços e acaba sendo muito subjetivo.
Uma pessoa pode dizer que “fulano” é psicopata somente porque discorda da forma como a outra vê o mundo. Sem um diagnóstico confiável, pode ser somente conflito de interesse.
Mas o pior mesmo, é que as empresas buscam determinados traços em líderes e esses traços são comumente encontrados em pessoas com alto grau de psicopatia. Eu acho que precisamos parar de nos enganar. Por exemplo, uma pessoa que quer se casar não pode ter o mesmo comportamento de uma pessoa solteira, pois vai contra a definição do que é casamento. O mesmo para pessoas que querem ter filhos: não dá para cuidar de filhos e ir toda noite para a balada.
Ainda temos o exemplo dele sobre sucesso, que são muito problemáticos. Ele focou no “homem branco malvadão” em cima de uma montanha. Podemos tirar várias coisas disso. Primeiro, sempre pode haver uma montanha mais alta. Segundo, que o que se destaca não é o homem branco, mas a posição (no topo da montanha). Militarmente falando, uma pessoa que está no alto tem mais controle do que está a seu redor do que uma pessoa que está em baixo. O que quero dizer com isso tudo? Que podemos focar num ponto que consideramos negativo ou podemos focar no que consideramos um ponto positivo. As críticas a pessoas exigentes, normalmente foca nos pontos negativos e isso é contraproducente. É desviar do que realmente interessa.
Mais um detalhes é que quem trabalha com uma pessoa que considera “psicopata” também é um tanto psicopata, pois pode ir trabalhar num lugar cheio de “compreensão”. Cabe a ela decidir seu destino, afinal não está presa, irremediavelmente, ao dito psicopata. É interessante ver uma enorme quantidade de pessoas tentando mudar os outros, mas não tentando mudar a si mesmas. Por quê, né? Afinal, elas estão certas.
Eu entendo que cada tipo de função/trabalho enseja uma gama de características. Um líder precisa ser meio psicopata para fazer as coisas funcionarem como se deseja. A própria hierarquia obriga a isso. Lembrem-se que pais e mães podem ser vistos por seus filhos como psicopatas, exatamente pela necessidade de “adestrar” as crianças do modo como eles acham que elas devem ser.
Sei que é uma armadilha irmos nesta direção, mas na família nós temos uma ditadura e o país queremos uma democracia “verdadeira”. Parece bastante contraditório, especialmente se pensarmos que a família é o menor núcleo de qualquer nação.

PS: Meu interesse aqui é só apresentar um ponto de vista alternativo. Não há certo ou errado em relação a opiniões sobre assuntos tão subjetivos.

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