Estudo de Caso – O Aeroporto - Orientação quanto a severidade do risco.
Olá pessoal, vou colocar a conclusão da primeira discussão no tópico anterior para fazer um fechamento, pelo menos, um primeiro fechamento, enquanto isso trago mais uma reflexão, através de um estudo de caso para riscos operacionais. Se o @walterluis acreditar, conforme da outra vez que é oportuno enviar por e-mail, acredito que acaba contribuindo com a participação de outros debatedores, eu agradeço muito, tendo em vista a nova orientação, vou deixar essa ação de enviar por e-mail para os moderadores do grupo.
Tenho um perfil de ao acreditar que existe uma oportunidade de melhoria, acabo me pegando em perseguindo-a, e por fim, se não tiver sucesso, muitas vezes a caminhada já gera um aprendizado, se der certo, o aprendizado também é certo.
Por isso costumo provocar reflexões, para gerar um debate e consequentemente gerar conhecimento, principalmente num grupo em que o acúmulo de conhecimento é tão aflorado. Ou seja, um terreno fértil para debates.
Com base na discussão do outro tópico, trouxe o que chamei de estudo de caso, conforme abaixo:
“O Aeroporto - Orientação quanto a severidade do risco.” e trago para ver se existe oportunidade de melhorar algo.
No outro tópico, foi trazido o que foi chamado de exemplo prático, conforme segue abaixo:
“Organização: Aeroporto
Severidade “Verde/Baixa” -> não precisa tratar, ou só acompanhar.
Severidade “Amarela” -> tratar em 24 hora
Severidade “Vermelha” -> tratar em 30 minutos”
Essa orientação no que se refere à severidade do risco, se apegou no tempo máximo de tratamento, conforme foi dito naquela postagem.
Bem, vamos lá. Uma característica presente em vários planos de gestão de risco que eu vejo, é a reatividade, provavelmente conforme dito, porque não muitos, mas todos nós estamos aprendendo e a disseminação desse tema é algo relativamente novo, antes restrito a poucos, e a vontade de acertar, aliado a competência em vários temas faz com que alguns produtos apareçam, mesmo com várias oportunidades de melhorias, e acabam se aperfeiçoando com o tempo, pelo menos é esperado isso.
Se pensarmos que estamos tratando dos riscos residuais e não dos riscos inerentes, se for assim, já dá para chegar na conclusão acertadíssima colocada no outro tópico:
“A leitura possível pode ser que dados os elementos que tem ciência, o risco X apresenta severidade “sob controle”, não necessitando de controles ou respostas adicionais às existentes.”
Gosto muito de falar em ambiente de controle, que além dos controles, aborda também a aderência a esses controles, e se levarmos em consideração que não só o controle, mas a aderência a eles for importante, então vejo uma oportunidade de melhoria no estudo de caso, que ficaria assim:
Organização: Aeroporto
Severidade “Verde/Baixa” -> Acompanhar. Monitorar os gatilhos a cada x períodos.
Severidade “Amarela” -> tratar em 24 horas. Monitorar os gatilhos a cada Y períodos.
Severidade “Vermelha” -> tratar em 30 minutos”. Monitorar os gatilhos a cada Z períodos.
Esse período, pode ser dias, semanas, meses; aí sim, depende das características da organização, e na medida em que vai aumentando a severidade, vai encurtando os períodos. Deixei o tempo de tratamento originalmente descrito.
Gente, eu inseri nessa orientação um conceito que quase não vejo em muitos planos de gestão de riscos de instituições públicas, muitos que dizem trabalhar com o tema a algum tempo, quando converso sobre esse assunto, percebo que não possuem afinidade e evitam trazê-lo para os planos.
Os gatilhos, são eventos PRÉVIOS ao risco, que se ocorrerem, indicam que a severidade, através da probabilidade está mudando e aumentando, tornando o risco mais eminente do que estava residualmente.
Estabelecê-los e verificá-los periodicamente se algum desses gatilhos são disparados, dentre outros motivos, até mesmo pela falta de aderência aos controles estabelecidos, é de extrema importância para uma ação de prevenção da concretização do risco, por exemplo, no nosso estudo de caso.
Quando uma política de gestão de riscos tem forte característica preventiva, acredito que a chance de sucesso é muito maior.
O que vocês acham? Dá para melhorar as orientações do estudo de caso? Se sim, esse ajuste que eu fiz é válido?
Acredito que a partir da discussão do tópico anterior tem espaço para mais um, ou dois debates, além desse, e como me pareceu, muitos são educadores na área, e acho eu, ficariam satisfeitos com o conhecimento gerado e aproveitado pela comunidade Nelca.
Gente, se forem bater em mim, por essa provocação de reflexão, façam com carinho, abraço em todos.
No final, colocarei uma postagem com as três ou quatro conclusões de cada debate.