Apostar no futuro? Para quê?

Apostar no futuro? Para quê? Texto novo do professor Jackson De Toni https://www.linkedin.com/pulse/apostar-futuro-para-qu%C3%AA-jackson-de-toni/?trackingId=R3wTbl4k4B0cyBs87waaOw%3D%3D

Fiz um comentário na publicação do Professor que transcrevo abaixo:

Professor, seu texto é essencial para o momento que vivemos. Entretanto, permita-me incluir que o planejamento com relação aos servidores do Poder Executivo vem sendo coloca em voga desde 2017. Primeiramente com a centralização dos sistemas operativos (ex: SIPEC), inclusão de legislação (ex: Portaria 193/2018), migração de banco de dados de aposentados e pensionistas para o Ministério da Economia e, recentemente, o Decreto 9991/2019.

Ou seja, pelo menos nos últimos três anos, as ações realizadas dão a entender que existe a execução de um planejamento.

Talvez, se olharmos apenas na parte de gestão, realmente não existe um planejamento viável. Visto que a gestão é afetada diretamente pela política do momento.

Posso falar que existe um planejamento de pessoal, que terá suas consequências na realização de despesas. E está em curso.

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Oi Telma, após ler o artigo vejo que mesmo professores não conseguem analisar com clareza a origem do problema. Talvez seja um problema de vivência, de colocar em prática, de falta de pragmatismo. Nós planejamos o tempo todo e, às vezes, nem percebemos. Um bom planejamento necessita de realismo. Eu diria que esse é o componente principal, pois sem ele só temos sonhos. Como diz a música, “sonhar não custa nada”. Planejar também envolve uma boa dose de avaliação e só podemos avaliar com algum indicador. O problema nos planejamentos que tenho visto é que sonha-se demais e avalia-se de menos. Isso sem contar com a definição de objetivos inalcançáveis, seja por não termos criado as condições preliminares, por definirmos algo que não temos controle, por atropelarmos a realidade e a razão, por não sabermos como medir o que queremos, por não sabermos o que queremos alcançar ou se é possível alcançar.
Um dos maiores problemas que as instituições possuem são seus próprios quadros. Quando há resistência interna, não há planejamento que funcione, a não ser que haja sobrecarga.
Um exemplo interessante é a universidade. Vários professores não querem adotar o Moodle como suporte ao ensino. Vários servidores não querem usar o SEI! e preferem os processos em papel. Vários professores preferem o quadro negro a animações e recursos audiovisuais. As avaliações são rígidas e aquele que decora leva vantagem sobre aqueles que discordam ou experimentam; isso lembra uma frase: “não sabendo que era impossível, foi lá e fez”.
Copiamos e ajustamos muito mais do que entendemos e isso não agrega muito. E o pior é que a universidade é a responsável por esse pensamento e modo de agir “dentro da caixa”. É ela que perpetua isso, salvo poucas exceções no meio acadêmico.
Em tempo de “vacas magras” as instituições deveriam se preocupar com os processos, com os fluxos, com a simplificação, com uso de ferramentas de automatização, colaboração e produtividade. Assim, criará as condições para implementar melhores planejamentos.
É claro que grandes planejamentos são mais complicados, mas podemos sempre dividir o planejamento em partes menores que se juntarão para formar o todo. Não precisamos de grandes pensadores para isso. De uma forma ou de outra sempre fizemos isso em nossas vidas.

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Ótimo, Telma. Segue a entrevista que foi feita com o professor Jackson para a Rádio Senado https://www12.senado.leg.br/radio/1/conexao-senado/jackson-de-toni-defende-reinvencao-do-planejamento-estrategico-do-governo

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