Dilson,
O que eu faria: desconsideraria esse elemento na planilha. Considero estar embutido nos custos indiretos. Trata-se de supervisão que a empresa faz de suas equipes, não necessariamente em dedicação exclusiva para aquele contrato. Também é a empresa quem decide a relação supervisor x funcionários. Também há possíveis custos de transporte, comunicação e equipamentos para supervisão, de difícil e desnecessária mensuração.
Veja que o caderno técnico de vigilância (https://www.comprasgovernamentais.gov.br/images/conteudo/ArquivosCGNOR/servicos_vigilancia.pdf) apenas especifica que
Os supervisores da contratada deverão, obrigatoriamente, inspecionar os postos
no mínimo 1 (uma) vez por semana, em dias e períodos (diurno das 7h/15h e noturno das 15h/23h) alternados.
*
Portanto, a organização, distribuição, forma de deslocamento, rotina de supervisão é decisão da empresa contratada, sendo obrigatório fazer inspeção nos postos 1 vez por semana. Ora, quanto tempo levam essas inspeções? É realmente eficiente ter um supervisor para cada 40 supervisionados?
O TCU, em suas licitações (exemplo aqui), não prevê o custo direto do supervisor. Nem menciona obrigações em relação a essa atividade. Pressupõe, portanto, que isso é atribuição da empresa contratada, assim como é sua a forma de organizar o serviço.
O CADTERC (aqui), caderno técnico de vigilância do Estado de São Paulo, exige o mesmo que o governo federal e considera o custo embutido no BDI:
*1.12. Supervisão de Postos *
*A supervisão dos postos de trabalho será realizada uma vez por semana. *
***O custo relativo a esta atividade está incluso no BDI (Benefícios e Despesas Indiretas). ***
Continuo defendendo uma planilha SIMPLES, ESTIMATIVA, RACIONAL e INSTRUMENTAL nas contratações de serviços terceirizados. O fetiche por planilhas exaustivas e perseguição de custos do contratado não é compatível com a ideia de terceirização de verdade.